Leituras poéticas – Capítulo 83

 


terra, Fogo, água e ar

 

Salve

 

Por Majda Hamad Pereira

 

Quero usufruir a noite, andar pelas ruas, esquinas

Comer o pão nosso de cada dia, de poder chorar, sorrir

De nunca incomodar, de sonhar, poder sentir o vento...

Ter do mundo todo o tempo.

 

Enxergar da vida o melhor que há...

De mim doar o que for preciso, que não haja inimigos...

Que não aponte defeitos, pedir sabedoria...

A mesma família, pertencemos.

 

Irmandade, cumplicidade, bondade levo nos passos, sempre...

Ao deitar não esquecer dos frágeis, dos doentes...

Acordar agradecendo a água de beber, nunca sofrer.

 

Que brilhem os olhos, que a carne não apodreça

Saúde, plenitude sempre mereça

Que a luz de espírito nos acompanhe... salve!

 

Reflexão – Uma leitura possível do poema:

 

Salve

 

"Salve" de Majda Hamad Pereira é um poema que celebra a vida em sua forma mais simples e bonita. A autora nos convida a olhar para as pequenas coisas do dia a dia, como andar na rua, comer um pãozinho ou sentir o vento no rosto, e a encontrar alegria e gratidão nelas. O poema é como um abraço quentinho, que nos faz sentir esperança e nos lembra da importância de sermos bons uns com os outros.

 

A Celebração da Vida Simples

 

Quero usufruir a noite, andar pelas ruas, esquinas

Comer o pão nosso de cada dia, de poder chorar, sorrir

De nunca incomodar, de sonhar, poder sentir o vento...

Ter do mundo todo o tempo.

 

A primeira estrofe do poema nos apresenta um eu lírico que encontra felicidade nas coisas simples da vida. É como se ele nos convidasse para um passeio noturno, onde a gente pode sentir a brisa, observar as luzes da rua e saborear um pão quentinho.

 

'Usufruir a noite', 'andar pelas ruas' e 'comer o pão nosso de cada dia' são como pequenos presentes que a gente se dá, momentos de alegria e conexão com o mundo. A menção ao choro e ao sorriso nos lembra que a vida é feita de altos e baixos, e que a gente precisa aceitar tanto a alegria quanto a tristeza.

 

O sonho e a sensação do vento simbolizam a liberdade e a leveza, como se a gente pudesse voar para longe dos problemas. E o verso final, 'Ter do mundo todo o tempo', é um convite para viver cada momento com calma e intensidade, sem pressa de chegar a lugar nenhum.

 

A Busca por Valores Essenciais

 

Enxergar da vida o melhor que há...

De mim doar o que for preciso, que não haja inimigos...

Que não aponte defeitos, pedir sabedoria...

A mesma família, pertencemos.

 

Na segunda estrofe, o eu lírico nos mostra que ele busca coisas muito importantes na vida: ser bom, ter compaixão e sabedoria. Ele quer 'enxergar da vida o melhor que há' e 'doar o que for preciso', mostrando que ele tem um coração generoso e que se preocupa com os outros.

 

Ele também pede para que não haja inimigos e para que ninguém aponte defeitos, mostrando que ele deseja paz e harmonia. E o pedido por sabedoria nos mostra que ele quer aprender e entender as coisas da vida.

 

O verso final, 'A mesma família, pertencemos', é como um abraço coletivo, que nos lembra que somos todos irmãos e que devemos cuidar uns dos outros.

 

Gratidão e Compaixão em Cada Passo

 

Irmandade, cumplicidade, bondade levo nos passos, sempre...

Ao deitar não esquecer dos frágeis, dos doentes...

Acordar agradecendo a água de beber, nunca sofrer.

 

A terceira estrofe do poema nos mostra um eu lírico que valoriza muito a gratidão e a compaixão. Ele leva consigo os valores da 'irmandade, cumplicidade, bondade', como se fossem um guia para a vida. Ele se preocupa com as pessoas que estão sofrendo, como os 'frágeis' e os 'doentes', e se sente grato pelas pequenas coisas, como a 'água de beber'.

 

O desejo de 'nunca sofrer' não é um pedido para que a vida seja fácil, mas sim para que ele tenha força para enfrentar os desafios e aprender com eles. É como se ele dissesse: 'Eu sei que a vida tem momentos difíceis, mas eu quero ter coragem para superá-los'.

 

Desejos de Alegria, Saúde e Paz

 

Que brilhem os olhos, que a carne não apodreça

Saúde, plenitude sempre mereça

Que a luz de espírito nos acompanhe... salve!

 

A última parte do poema é como um presente, um desejo de coisas boas para todos nós. A poetisa deseja que nossos olhos brilhem, que a gente tenha saúde e que a nossa alma esteja em paz. É como se ela estivesse jogando uma luz sobre a gente, nos desejando tudo de bom.

 

O brilho nos olhos é como um sorriso, mostra que a gente está feliz e cheio de vida. A saúde do corpo é importante para que a gente possa aproveitar a vida ao máximo. E a 'luz de espírito' é como uma luzinha dentro da gente, que nos ajuda a ser sábios, a ter paz e a nos sentir conectados com algo maior.

 

A palavra 'salve' é como um abraço de despedida, um desejo de que a gente tenha sempre esperança e coisas boas na vida.

 

Por fim

 

"Salve" de Majda Hamad Pereira é um poema que nos faz sentir bem, como se estivéssemos recebendo um abraço quentinho. A autora nos convida a celebrar a vida, a ter esperança e a valorizar as coisas boas que existem no mundo. Ela usa palavras simples e bonitas, que nos fazem pensar sobre a importância de sermos gratos, de nos preocuparmos com os outros e de buscarmos uma vida feliz e plena.

 

Poeta Hiran de Melo

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