Leituras poéticas – Capítulo 82
terra, Fogo, água e ar
O olho que tudo vê
Por Majda
Hamad Pereira
Fecham-se os portões
A noite chega
Os loucos gritam
Em pânico...
Suados, molhados
Em transe...
Cadê a minha alma?
Eu existo?
Quem é você?
Eu sou o olho
Que tudo ver.
Reflexão – Uma leitura possível do poema:
O olho que tudo vê
"O Olho que
Tudo Vê" de Majda Hamad Pereira é um poema que nos leva para um lugar
sombrio, onde o medo e a confusão tomam conta. A autora nos mostra um mundo
onde alguém está sempre observando, onde a gente se sente preso e sem saber
quem realmente é. O poema é como um filme de suspense, que nos deixa com o
coração na mão e nos faz pensar sobre o que é real e o que é imaginação.
Um Cenário de Medo e Desespero
Fecham-se
os portões
A noite
chega
Os
loucos gritam
Em
pânico...
Suados,
molhados
Em
transe...
A primeira estrofe
do poema nos transporta para um lugar onde a noite traz medo e angústia. 'Fecham-se os portões' é como se estivéssemos trancados em um
lugar escuro, sem escapatória. A noite chega e tudo fica mais assustador, como
se estivéssemos em um pesadelo.
'Os
loucos gritam/Em pânico...' nos mostra que o
medo tomou conta de todos. As palavras 'em pânico' e 'em
transe' se repetem, como um eco do desespero, mostrando que as
pessoas estão completamente tomadas pelo medo, sem saber o que fazer.
As imagens de 'suados,
molhados' nos fazem sentir o sofrimento das
pessoas, como se estivéssemos lá com elas. 'Em transe...' nos mostra que elas
estão perdidas, sem saber onde estão ou quem são."
A Crise de Identidade e a Onisciência
Cadê a
minha alma?
Eu
existo?
Quem é
você?
Eu sou o
olho
Que tudo
ver.
Na segunda parte do
poema, a gente entra na mente do eu lírico, que está confuso e se perguntando
quem ele é. 'Cadê a minha alma?', 'Eu existo?', 'Quem é você?' são perguntas que mostram a angústia e a dúvida
que ele está sentindo. É como se ele estivesse perdido em um labirinto, sem
saber para onde ir.
De repente, ele
responde: 'Eu sou o olho/Que tudo vê'. Essa resposta é muito forte e misteriosa. Pode
significar várias coisas:
O eu lírico pode
estar tentando se sentir mais forte, como se ele tivesse o controle da
situação, mesmo estando com medo.
Pode ser que o
"olho" seja alguém que está sempre observando e controlando tudo,
como um chefe malvado.
O "olho"
pode ser a nossa mente, que está sempre nos observando e nos julgando, fazendo
a gente pensar sobre as nossas ações e sentimentos.
Leituras...
O Olho que Tudo
Vê" de Majda Hamad Pereira é um poema que nos leva para um mundo cheio de
mistério e medo. A autora usa palavras fortes e diretas, que nos fazem sentir a
angústia e a confusão do eu lírico. O poema é como um quebra-cabeça, que nos
deixa com vontade de descobrir o que está acontecendo.
A autora usa
palavras que nos fazem sentir a urgência e o desespero do eu lírico. A falta de
rimas e a quebra dos versos dão um ritmo tenso ao poema, como se estivéssemos
ouvindo um coração batendo rápido. O poema nos transporta para um mundo onde
tudo está confuso e fora de controle, como se estivéssemos em um labirinto
escuro. A repetição de sons e a quebra dos versos criam um ritmo hipnótico,
como se estivéssemos entrando em um estado de transe, sem saber o que é real e
o que é imaginação.
A imagem do
"olho que tudo vê" nos faz pensar sobre a sensação de estarmos sempre
sendo observados, como se não tivéssemos privacidade. Essa imagem também nos
lembra dos livros e filmes sobre mundos onde alguém está sempre no controle,
como em "1984".
Por fim
"O Olho que
Tudo Vê" de Majda Hamad Pereira é um poema que nos faz pensar sobre coisas
importantes: como a gente se sente quando está com medo, quando a gente não
sabe quem é, e como a gente encontra sentido em um mundo que às vezes parece
confuso e sem sentido. A autora nos leva para um lugar onde a gente se sente
observado, como se estivesse em um palco, onde todos os nossos medos e dúvidas
são expostos. O poema nos deixa com várias perguntas e nos faz pensar sobre
diferentes possibilidades, o que é muito instigante!
Poeta Hiran de Melo
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