Leituras poéticas – Capítulo 79
terra, Fogo, água e ar
Poema
Por Majda
Hamad Pereira
É pra quem rasga
A alma
Chora alegria
Pra quem não tem
Remédio
Correr do tédio
Se livrar da agonia
É simplesmente magia
Fruto colhido
Consolo adquirido
É liberdade, é dor.
Reflexão – Uma leitura possível do poema:
Poema
Imagina um diário
secreto, onde você pode escrever tudo o que sente, sem medo de julgamentos. É
assim que me sinto lendo "Poema". A Majda Hamad Pereira nos leva para
um lugar onde a poesia é como um abraço, que te acolhe e te ajuda a entender
suas emoções. Ela usa versos curtinhos, como se fossem pílulas de sabedoria,
para mostrar que a poesia pode ser uma forma de encontrar liberdade e consolo.
É pra
quem rasga
A alma
Chora
alegria
Na primeira estrofe
de "Poema", a poetisa traça um retrato da poesia como um espaço de
expressão emocional. "É pra quem rasga/A alma" evoca a imagem de uma entrega total à emoção,
um mergulho na própria vulnerabilidade. "Chora alegria" revela a capacidade da poesia de expressar a
felicidade em sua forma mais autêntica e intensa. A estrofe, portanto, já nos
apresenta a poesia como um universo multifacetado, onde todos os sentimentos
encontram eco.
Pra quem
não tem
Remédio
Correr
do tédio
A segunda estrofe
de "Poema" apresenta a poesia como um refúgio, um bálsamo para as
agruras da alma. "Pra quem não tem/Remédio" configura-se como uma metonímia da busca por
cura, sugerindo que a poesia pode ser um lenitivo para as dores da alma. "Correr
do tédio" metaforiza a fuga da monotonia, revelando a
poesia como um escape para a rotina. A estrofe, portanto, revela a poesia como
um espaço de lazer e cura para as inquietações da alma.
Se
livrar da agonia
É simplesmente
magia
Fruto
colhido
Consolo
adquirido
É
liberdade, é dor.
Na terceira estrofe
de "Poema", a poetisa constróii um retrato da poesia como um espaço
de transformação e dualidade. "Se livrar da agonia/É simplesmente magia" evoca a imagem de um poder mágico, capaz de
aliviar o sofrimento e transformar a realidade. "Fruto
colhido/Consolo adquirido" transporta o
leitor para um plano de conforto e sabedoria, onde a poesia se revela como um
bálsamo para as dores da alma. "É liberdade, é dor" revela a antítese da poesia, que pode ser
tanto libertadora quanto dolorosa, um reflexo da complexidade da experiência
humana. A estrofe, portanto, nos apresenta a poesia como um sentimento
multifacetado, que abarca a totalidade da condição humana.
Por fim
"Poema" é
como um abraço em forma de palavras! A Majda Hamad Pereira mostra como a poesia
pode ser um lugar seguro para colocar tudo o que a gente sente, seja alegria,
tristeza ou qualquer outra emoção. É tipo um amigo que te entende e te ajuda a
encontrar liberdade e paz interior.
Poeta Hiran de Melo
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