Leituras poéticas – Capítulo 77
terra, Fogo, água e ar
Horas vividas
Por Majda
Hamad Pereira
Gosto das tuas
Imensidões
Do teu oceano
Gosto das tuas
Convicções
Do teu ânimo
Gosto do teu
Belo
Do teu sincero
Gosto do teu
Céu
Do teu inferno
O teu horizonte contemplo
O Senhor dos ventos, tempo
Horas vividas, passadas.
Reflexão – Uma leitura possível do poema:
Horas vividas
Imagina um céu
cheio de estrelas, com algumas nuvens escuras aqui e ali. É assim que me sinto
lendo "Horas Vividas". A Majda Hamad Pereira nos leva para um lugar
de admiração e encantamento, mostrando que a beleza está na dualidade das
pessoas. Ela usa metáforas da natureza, como o oceano e o céu, para falar sobre
essa pessoa que é como um universo particular, com seus altos e baixos, seus
momentos de luz e sombra. É um poema que te convida a valorizar as pessoas que
te cercam, com todas as suas complexidades.
Gosto
das tuas
Imensidões
Do teu
oceano
A primeira estrofe
de "Horas Vividas" nos convida a mergulhar em um oceano de admiração.
A voz poética, através da repetição da expressão "Gosto das tuas",
expressa um apreço que se manifesta em cada verso. As metáforas de
"imensidões" e "oceano" constroem uma imagem de vastidão e
profundidade, sugerindo que a pessoa amada é um ser complexo e multifacetado. A
metáfora do oceano, em particular, evoca a intensidade dos sentimentos e a
imensidão das qualidades da pessoa amada.
Gosto
das tuas
Convicções
Do teu
ânimo
Na segunda estrofe
de "Horas Vividas", a voz poética direciona seu olhar para a força
interior da pessoa amada, celebrando sua determinação e convicções. A anáfora
de "Gosto das tuas" reitera o apreço, funcionando como um eco da
admiração. "Convicções" e "ânimo" são palavras-chave que
revelam a admiração da autora pela firmeza de propósito e pela energia vital da
pessoa amada, traços que a voz poética valoriza profundamente.
Gosto do
teu
Belo
Do teu sincero
A terceira estrofe
de "Horas Vividas" celebra a beleza e a sinceridade da pessoa amada,
utilizando a linguagem para criar um retrato da admiração. A mudança para
"Gosto do teu" marca um momento de maior proximidade, como se a voz
poética estivesse revelando um segredo íntimo. "Belo" e
"sincero" são palavras que evocam a imagem de uma beleza que
transcende a aparência, revelando a autenticidade e a pureza da pessoa amada.
Gosto do
teu
Céu
Do teu inferno
Na quarta estrofe
de "Horas Vividas", a voz poética transcende a admiração superficial,
adentrando a complexidade da pessoa amada. A antítese "céu" e
"inferno" configura-se como um recurso estilístico que revela a
dualidade da pessoa amada, sugerindo que a voz poética a aceita em sua
totalidade, com suas luzes e sombras. Essa estrofe, portanto, revela uma
admiração que alcança a essência da pessoa amada, desvelando a profundidade do
seu ser.
O teu
horizonte contemplo
O Senhor
dos ventos, tempo
Horas
vividas, passadas.
A estrofe
conclusiva de "Horas Vividas" eleva a voz poética a um plano de
contemplação, onde a vastidão da admiração se une à reflexão sobre a
transitoriedade do tempo. A metáfora de "O teu horizonte contemplo"
sugere a imensidão do apreço, comparável à vastidão do horizonte. A
personificação de "O Senhor dos ventos, tempo" confere ao tempo uma
dimensão poderosa e incontrolável, enquanto "Horas vividas, passadas"
evoca a efemeridade da existência, convidando à valorização dos momentos
vividos.
Por fim
Imagina um pôr do
sol, com todas as cores se misturando e criando um espetáculo único. É assim
que me sinto lendo "Horas Vividas". A Majda Hamad Pereira nos leva
para um lugar de admiração e reflexão, mostrando que a beleza está na complexidade
das pessoas e na importância de aproveitar cada instante. É um poema que te
convida a olhar para as pessoas que te cercam com mais atenção e a valorizar
cada momento vivido.
Poeta Hiran de Melo
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