Leituras poéticas – Capítulo 75
terra, Fogo, água e ar
Lembranças
Por Majda
Hamad Pereira
Não fiques triste
Pois a vida é feita
De altos e baixos
Seus carinhos e desabafos
Suas alegrias e desilusões
Sou fiel
A mim mesma
E ao meu passado
Não me arrependo
Faria tudo de novo e faço
Quem não tem recordação
Não vive saudade.
Reflexão – Uma leitura possível do poema:
Lembranças
Já sentiu como se
um poema pudesse te dar um abraço? "Lembranças", de Majda Hamad
Pereira, faz exatamente isso. Com palavras que tocam o coração, a autora nos
leva a uma viagem pela vida, com seus altos e baixos, suas alegrias e
tristezas. Ela nos mostra que cada experiência, cada lembrança, é um tesouro
que nos torna únicos. E que a saudade, essa mistura de dor e doçura, só existe
para quem tem coragem de viver intensamente.
Não
fiques triste
Pois a
vida é feita
De altos
e baixos
Seus
carinhos e desabafos
Suas
alegrias e desilusões
Desde os primeiros
versos, "Lembranças" busca criar um espaço de empatia. A poetisa, com
sensibilidade, nos lembra que a tristeza não é um desvio, mas parte integrante
da experiência humana. A vida, com suas alegrias e desilusões, é apresentada
como um ciclo natural, uma verdade que ressoa em cada leitor. A estrofe,
portanto, não apenas informa, mas acolhe.
Sou fiel
A mim
mesma
E ao meu
passado
Não me
arrependo
Faria
tudo de novo e faço
Nesta estrofe, a
voz poética se eleva em um tom de declaração. A autora não apenas narra, mas
testemunha sua própria história, reivindicando a autenticidade de cada
vivência. A fidelidade ao "passado" não se confunde com nostalgia
passiva, mas se traduz em uma postura ativa de quem constrói o presente sobre
os alicerces do que foi. A estrofe, portanto, é um ato de resistência contra o
apagamento da memória e um convite à coragem de ser quem se é.
Quem não
tem recordação
Não vive
saudade.
Nesta estrofe, a
autora nos oferece uma imagem poderosa: a saudade como um eco da memória. A
ausência de recordações, portanto, não é apenas um vazio, mas uma
impossibilidade de ressonância emocional. A estrofe, com sua simplicidade
aparente, evoca a complexidade da experiência humana, onde a memória atua como
um filtro que intensifica e colore nossos sentimentos. A saudade, nesse
contexto, não é apenas uma emoção, mas uma forma de reconhecimento da nossa
própria história.
Por fim
Imagine um álbum de
fotos antigo, cheio de lembranças que te fazem sorrir e sentir um quentinho no
coração. É assim que a voz da Majda Hamad Pereira soa em "Lembranças".
Ela usa palavras simples, mas que tocam fundo, para falar sobre a vida, as
memórias e a saudade. O poema é como um espelho, que nos convida a olhar para
nossas próprias experiências e a descobrir a beleza de cada lembrança que nos
faz ser quem somos.
Poeta Hiran de Melo
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