Leituras poéticas – Capítulo 40
Em busca da semente
Eu
Por Majda
Hamad Pereira
Sou senhora das minhas ideias
Escrava das minhas necessidades
Amiga dos meus desejos
Filha das minhas vontades.
Reflexão – Uma leitura possível do poema:
Eu
O poema
"Eu", de Majda Hamad Pereira, desvela a complexidade da identidade
humana através de uma linguagem acessível e instigante. A poetisa, como um
espelho mágico, revela a dualidade do ser: a autonomia do pensamento e a
vulnerabilidade dos desejos. A poesia convida à reflexão sobre a natureza
multifacetada do indivíduo, onde a busca por autoconhecimento se assemelha a um
intrincado quebra-cabeça.
Autonomia e dependência
O sujeito lírico,
em constante embate consigo mesmo, revela a dualidade humana: a busca pela
autonomia do pensamento versus a submissão às demandas da realidade. A poesia
expõe o conflito interno entre a liberdade criativa e as obrigações impostas
pela vida, evidenciando a luta universal entre o querer e o precisar. Majda
Hamad Pereira, com simplicidade e franqueza, traduz em versos a complexidade
dessa dicotomia existencial.
Quem nunca se
sentiu dividido entre o que quer e o que precisa? A Majda coloca essa dúvida em
palavras de um jeito bem simples e direto.
Desejo e necessidade
A poetisa expõe a
constante dicotomia do ser, a luta interna entre o desejo e a necessidade. A
vida se revela como um campo de batalha, onde a aspiração por sonhos grandiosos
colide com as demandas básicas da existência. Majda Hamad Pereira, com
simplicidade, ilustra o conflito universal entre a busca pela felicidade e a
garantia da sobrevivência, comparando-o à disputa entre dois impulsos opostos,
ambos inerentes à condição humana.
É como se a gente
tivesse dois cachorros puxando a gente para lados diferentes: um querendo
aventura e felicidade, e outro, mais tranquilo, querendo só as coisas básicas
para sobreviver. Quem nunca quis ter tudo e mais um pouco?
Identidade em construção
O eu lírico está
sempre se reinventando, sabe? Ele não é uma foto parada, mas um filme em
constante movimento. A cada dia, ele descobre coisas novas sobre si mesmo e vai
mudando, assim como a gente muda.
O sujeito lírico,
em incessante processo de reinvenção, revela a identidade como uma obra em
construção, um filme em movimento perpétuo. A identidade se revela como um
mosaico em formação, onde cada nova experiência adiciona uma peça,
transformando a imagem em constante evolução.
Por fim
O poema
"Eu" celebra a individualidade e a autonomia, proclamando a soberania
do ser sobre sua própria existência. O eu lírico, simultaneamente senhor de si
e explorador do desconhecido, convida à celebração da singularidade. A poesia
ressalta a normalidade da diferença e a jornada contínua de autodescoberta,
onde cada passo revela novas facetas do indivíduo.
Quem nunca se
sentiu diferente de todo mundo? O poema ‘Eu” está dizendo que isso é normal e
que a gente precisa celebrar a nossa individualidade. A vida é uma jornada, e a
cada passo a gente vai se conhecendo melhor.
Poeta Hiran de Melo
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